Texto CONCEBIDO EM CAMPINAS [SP/BRA] 1988-1989
Argollo Ferrão, A. M. de (1988-1989). Confissão do confuso [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri1/tri1-71/>.
ISBN 978-85-908725-1-1 / PUBLICADO EM 2008
Argollo, A. (2008). Confissão do confuso. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Ver a Cidade (p. 63). Campinas [SP/BRA]: O Autor.
ISBN 978-84-936996-0-4 / TRADUZIDO PARA O ESPANHOL E PUBLICADO EM 2009
Argollo, A. (2009). Confesión del confuso. En A. Argollo. Ver la Ciudad. Un guión poético con ojos de veracidad (p. 101) (Colección Caravasar) (M. A. Suárez Escobio, Trad.). Gijón [Asturias/ESP]: CICEES. (Original en portugués publicado en 2008).
Confissão do Confuso
Deus, único e amado, deixe-me em paz, mas não deixe-me jamais. Cadê Você, meu Deus?! Ente amado, querido, idolatrado, deixe-me em paz, mas não deixe-me jamais. Te amo. Deixe-me, mas não deixe-me. Jamais. Jamais, jamais, jamais… Quer mais? Deixe-me então, mas não deixe-me na mão. Só. Não me deixe, sim? Não. Cadê tudo? Deus, me deixe na Sua paz, mas não me deixe jamais… Senão, não sou ninguém… Nem sal nem sol, nem céu nem sul, nem nada. Sou Seu. Credo! (…) Cadê a intelectualidade? Cadê as cores preto e cinza? Cadê o azul? Estes ares pesam e estes olhos, cada vez mais vermelhos, verdes, castanhos, sei lá… Respiro cores, sinto dores de perdidos amores. Quero flores. Atenção, senhoras e senhores: cadê tudo? Procuro pelo verde e pelo rosa, mergulho em águas rasas, correntes, pacíficas, e atinjo a velocidade da luz… Quando então realizo o grande looping… Alço vôo e encontro a resposta. Cadê Tudo?
Confesión del confuso
Dios, único y amado, déjame en paz, pero no me dejes jamás. ¿Dónde estás, Dios mío? Ente amado, querido, idolatrado, déjame en paz, pero no me dejes jamás. Te quiero. Déjame, pero no me dejes. Jamás. Jamás, jamás, jamás… ¿Quieres más? Déjame entonces, pero no me dejes tirado. Solo. No me dejes, ¿vale? No. ¿Dónde está todo? Dios, déjame en Tu paz, pero no me dejes jamás… Si no, no soy nadie… Ni sal ni sol, ni cielo ni sur, ni nada. Soy Tuyo. ¡Credo! (…) ¿Dónde está la intelectualidad? ¿Dónde los colores negro y gris? ¿Dónde el azul? Estos aires pesan y estos ojos, están cada vez más rojos, verdes, castaños, yo qué sé… Respiro colores, siento dolores de perdidos amores. Quiero flores. Atención, señoras y señores: ¿dónde está todo? Busco el verde y el rosa, me sumerjo en aguas poco profundas, corrientes, pacíficas, y alcanzo la velocidad de la luz… Es entonces cuando realizo el gran looping… Alzo el vuelo y encuentro la respuesta. ¿Dónde está todo?