Poema concebido em Campinas [SP/BRA] nov./2002
Argollo Ferrão, A. M. de (2002). Senso sem conta [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-02/>.
ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008
Argollo, A. (2008). Senso sem conta. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 10). Campinas [SP/BRA]: O Autor.
Senso sem conta
E aí... (?!) Estou nessa, estou aqui. Eu disse que voltaria. Cantos, contos, contas... Eu me encanto no meu canto Contando, contudo, com tudo Que encanta a todos. Contanto que o encanto Nunca tenha fim, Estou nessa, e não estou Nem perto de enjoar-me de mim. Pobre de quem se expressa Somente por meio de sons E símbolos reduzidíssimos: Cantos, contos, contas... Mais pobre quem não se expressa, porém. Acho que vou jogar bola... É melhor mesmo Correr um pouco, sei lá. A gente pensa que sabe o que sente, Acha que sente o que fala, Fala o que pensa que sabe, Sente que não sabe nada... E o senso da gente se cala.