Rastros capturados pelo radar

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] Mai./2005

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). Rastros capturados pelo radar [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-101/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Rastros capturados pelo radar. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (pp. 95-96). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Rastros capturados pelo radar
Descendo a ladeira da barbárie,
Estacione seu pensamento
E esqueça a obsoleta idéia
Que remete a uma paisagem parnasiana,

Ouça grilos
E pássaros a cantar,
Água corrente, vento: música no ar.
Árvores – galhos, folhas e flores – a bailar...

Espere, pare de pensar!
Respire fundo, tente relaxar.
Algo que esqueceu de fazer?
Algo que evitou falar?

Tudo parece motivo para o autoflagelo,
Pare de se torturar!
A vida é bela – e mais bela fica
Quando a vivemos sem pressa – devagar!

Rompa os limites que lhe são impostos,
Recuse padrões de comportamento artificiais,
Transborde, extravase, ultrapasse...
Não deixe que te encham o saco

Imaginário,
Mitológico, simbólico, emblemático,
Que teoricamente tudo ensaca
Mas na prática pouco pode suportar...

Transe a sua essência naturalmente,
Permita-se amar...