Amálgama d’alma

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] jul./2005

— Homenagem às vítimas dos atentados ao metrô de Londres.

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). Amálgama d’alma [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-113/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Amálgama d’alma. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 107). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Amálgama d'alma
Amálgama d’alma induz a crer
Que todos estarão juntos após a morte
Do último inseto incrédulo,
Hipócrita, acéfalo...
Estarão todos juntos no porão.

Amálgama d’alma,
Odaliscas na estação do metrô
E um jovem caminha assobiando
Um hino de louvor a uma causa qualquer...
Olhos vítreos, autômato, camicase.

Amálgama d’alma reduz pessoas
A animais famintos,
Pobres esqueléticos, rastejantes dementes
Sem força, sem orgulho, sem nada
À espera, talvez, de uma alma iluminada.

Amálgama d’alma, alerta às pessoas
Sobre a importância da vida
De cada ser nesta Terra,
Planeta são, abrigo temporário
De almas mal-amadas, sofridas, amalgamadas.