Flores de fato

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] set./2005

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). Flores de fato [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-129/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Flores de fato. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 118). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Flores de fato
Se for para mandar-te flores
E abrir-te a porta do carro,
Tratar-te como uma princesa
E roubar-te um sorriso tímido...

Eu derrubo paredes, detono defesas,
Sucumbo, pois morro de amores,
E me acabo em pedaços
Mas cumpro o destino.

Se for só para dizer que te amo,
Prefiro ficar na minha,
Calado, sem dar bandeira,
Como se já fôssemos um do outro.

Retraio-me e espero tranqüilo
Pelo dia em que tu me peças
Com aquele teu sorriso tímido no rosto...
Que eu te mande flores! Te faça um gosto!
Oh, flores – de fato acato teu ato
De desabrochar sem pudores
E culminar sem temores
Em pacatos amores das flores de fato.