Banho de água fria

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] nov./2003

Argollo Ferrão, A. M. de (2003). Banho de água fria [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-35/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Banho de água fria. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 41). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Banho de água fria
É certo que um poeta
Queira sempre escrever

– Parece ter sempre algo a dizer...

É certo que um poeta
Nunca escreva sem querer.

É certo, todavia,
Que o papel em branco desafia

– Parece arrogante...

É marcante o papel intrigante
Que o papel em branco tem:

Amante...
Que alucina, desatina, desafina

O coro
Que canta, acalma, deforma

– A alma que o poeta tem.

Pateta, patente,
Latente calor que faz suar...

Nada como um banho de água fria
Para fazer o poeta acordar.