Boa de fato

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] dez./2003

Argollo Ferrão, A. M. de (2003). Boa de fato [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-39/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Boa de fato. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (pp. 44-45). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Boa de fato
Recatada, sempre alegre,
Solícita, eficiente,
Todos gostam de ti.

Te acham uma graça,
Um anjo, um amor,
Meiga... boazinha.

Boazinha
Boazuda...

Talvez poucos saibam o que eu sei,
O que senti, enxerguei.
Delirei.

Todos gostam de ti (menos tu...)
Te acham uma graça (que desgraça...)
Meiga... boazinha (eficiente...)

Boazinha
Boazuda...

Não lamentes o fato
Das pessoas não saberem quem és,
Ou melhor, como és de fato no ato.

Tens bom coração,
És mesmo uma graça,
Meiga... boazinha (eficiente...)

Boazinha
Boazuda...

Quem sabe tu possas mudar de atitude
E mostrar-te por inteiro (boa, boazinha, boazuda...)
De maneira que permita viver em plenitude.

És gostosa e boa de fato,
Mas isso não te impede
De seres de fato boa no ato.