Boas lembranças sempre

Texto concebido em Campinas [SP/BRA] jan./2004

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Boas lembranças sempre [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-43/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Boas lembranças sempre. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 50). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Boas lembranças sempre

Oh, cada momento recuperado do baú de tesouros mais caros, querido, o mais importante que um ser humano pode ter: o baú de memórias de um passado feliz… É sempre bom nos reencontrarmos e sentirmos que na essência somos os mesmos. Que bom não ter me esquecido de mim… Que bom não teres te esquecido também… Lembraste de coisas que eu falei, que eu fazia e que fazíamos… Lembraste de como eu sorria. Que bom que me fizeste lembrar. A memória distingue o ser humano… O encontro, o reencontro, a auto-recorrência… A mudança e a permanência, e as boas lembranças… Mais e melhores a cada ano. As boas recordações são uma benção. No entanto, não tê-las é um castigo. O inferno é a lembrança que não se apaga… Atos ou fatos dos quais se quer esquecer e não se pode… É a mais cruel manifestação do pecado, a face mais triste do arrependimento… A vida é sempre muito boa quando cultivamos as boas lembranças – sempre. Não deixemo-nos a sós sem elas.