Veneziana

Poema concebido em Veneza [ita] out./2004

— no trem, de Veneza a Milão, em 20 out. 2004.

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Veneziana [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-63/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Veneziana. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 65). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Veneziana
Onde estás que não te vejo,
Não te sinto,
Não te beijo
Pois não posso te tocar? 

Por que foi que não vieste
E me deixaste sozinho
Seguir o meu caminho?
Por que não quiseste me acompanhar?

Por onde andas
Neste exato instante,
Desatenta, distante,
Que não me ouves te chamar?

Rondando sonhos alheios,
Que de sonhar contigo
Meus sonhos estão cheios
De sons e cores e cheiros.

Ativas-me os sentidos,
Excitas-me os anseios,
Dissipas-me os receios
Com gestos meigos, discretos, resumidos

Devaneios.