Estratégia das moçoilas

Poema concebido em Barcelona [Esp] set./2004

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Estratégia doas moçoilas [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-79/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Estratégia das moçoilas. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (pp. 76-77). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Estratégia das moçoilas
São dedicadas trabalhadoras,
Fecham-se em grupo
E excluem quem não lhes convêm,
Isolam-no e o colocam na berlinda,
Vão acuando, cercando e, finalmente,

Atacam feito hienas! (...)

Não são delicadas,
Mas são trabalhadoras dedicadas
E dos subalternos pertencentes ao grupo:
Protetoras. Na essência elas são
Vulgares!

Autodefesa, ataque em bloco,
Passam por cima de tudo e de todos,
Instintivamente destruidoras,
Dominadoras contumazes e vingativas,
São grosseiras e vorazes.

¿ E los chicos que hacen ?
¡ Los chicos no hacen nada !

Não há Chicos nem Pacos nem Licos,
São todos uns “Manés” !

As moçoilas, donzelas, meninas...
Continuam a fazer o que bem querem
E gritam como gralhas,
Cacarejam pelos corredores,
Rosnam ameaçadoramente.

Não são belas nem puras,
Mas umas belas filhas das puras (...) mães,
Bando de bruxas atuando despudoradamente,
Transformando num inferno
O que outrora fora bom ambiente.