Caverna

Texto concebido em Paris [Fra] out./2004

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Caverna [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-82/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Caverna. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (p. 79). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Caverna

Tudo muito bom não fossem os excessos, a necessidade de se fazer notar, a necessidade de se soltar, falar alto, gritar… As pessoas, quando resolvem comemorar, extravasam sentimentos reprimidos e acabam caindo no excesso… E tornam-se chatas. E surgem provocações… Explícitas de uns – que bebem e gritam… – Implícitas de outros – que, calados, se insinuam… E todos acabam caindo no excesso. Daí alguém resolve que todos devem agir segundo a sua vontade: primeiro a sua vontade! E surgem as brigas. Depravações, depredações, violência… Os excessos levam as pessoas a um estágio deplorável, mínimo, animalesco, bruto. Lastimável. Daí tudo acaba. É o fim. Mas não precisava ser assim.