Vingança

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] jul./2005

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). Vingança [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri2/tri2-98/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Vingança. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Vendo, crendo, escrevendo, lendo lendas (pp. 93-94). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Vingança
Aventou-se-me a hipótese
De que finalmente eu poderia quebrar-lhe a cara,
Sua megera, f.d.p. (...)

Essa cara amarrada, enrugada,
De quem chupou limão azedo...
Essa cara de medo!

E me consumi num sentimento negativo,
Violento, sem igual – terrível!
Algo que não é meu. Muito mau.

Aventou-se-me a hipótese
De que eu poderia, em seqüência, depenar o pavãozinho
E botar no rabinho do pavãozão, f.d.p. (...)

E as moçoilas, pobrezinhas,
Com caras de putas mal-amadas, fodidas
E mal-pagas... fugiriam desesperadas.

Aventou-se-me a hipótese
De que a vingança finalmente chegaria, enhorabuena!
Pero nada aconteció, nadie murió...

Tudo está em seu lugar...
Graças a Deus
¡Gracias, no mas!

Aventou-se-me a hipótese mas rejeitei a tese.
Em síntese, mantenho-me em paz.
¡Gracias, no mas!