Nêsperas suculentas

Poema concebido em Campinas [SP/BRA] ago./2006

Argollo Ferrão, A. M. de (2006). Nêsperas suculentas [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri3/tri3-22/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Nêsperas suculentas. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Entre símbolos e a perfeição (p. 27). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

Nêsperas suculentas
Nêsperas e uma suave companhia...
Numa noite fresca de agradável clima envolvente.
As frutas nos adocicam a boca
E sua boca se me oferece tenra e quente.

Nêsperas frescas recém-colhidas,
Suculentas, macias e cheirosas.
As frutas nos lambuzam o corpo
E seu corpo se me oferece em meio a pétalas de rosas.

Nêsperas descascadas em pedaços, apetitosas,
Um deleite ao paladar.
As frutas nos saciam o desejo,
Saboreá-las é oferecer-se a um novo ensejo.

Nêsperas após o sexo...
Há que se degustá-las devagar.
Suavidade e maciez, textura ímpar,
E a nossa pele se oferece a toques leves – de arrepiar.

Nêsperas pela manhã, recomeço...
Tudo em paz, apetite voraz.
As nêsperas pontuam bons momentos
De um romance desenhado ao sabor dos ventos.