Poema concebido em Campinas [SP/BRA] nov./2006
Argollo Ferrão, A. M. de (2006). O fim [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri3/tri3-52/>.
ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008
Argollo, A. (2008). O fim. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Entre símbolos e a perfeição (p. 56). Campinas [SP/BRA]: O Autor.
ISBN 978-65-86978-05-6 / Publicado em 2020
Argollo, A. (2020). O fim. In A. C. Rêgo… [et al.] (Org.). Memórias do confinamento (p. 77). Jundiaí [SP/BRA]: In House.
O fim
Não há mais nada a dizer, Nem mais um gemido, Um lamento sequer, O fim está aí para quem queira ver. Não há mais do que se reclamar. Chega de choro, e desculpas, Nada de aliviar sua incompetência, O fim chegou – paciência! Não há mais o que se fazer, Não tem como remediar Pois remendos e ajustes não vão resolver, O fim traz consigo uma frieza de lascar. Não há mais caminhos a seguir, Não adianta tentar enxergar, discutir, A conclusão leva à crença de que O fim chegou para nos redimir. Não há mais o que se esperar, Nenhum milagre, redenção ou magia, Nem uma benção ou pajelança em desatino. O fim absoluto não nos altera o destino.