Sol ao sul

Poema concebido em Mendoza [arg] mai./2008

Argollo Ferrão, A. M. de (2008). Sol ao sul [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri3/tri3-88/>.

ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008

Argollo, A. (2008). Sol ao sul. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Entre símbolos e a perfeição (p. 93). Campinas [SP/BRA]: O Autor.

vídeo / Publicado em 2020

Argollo, A. (2020). Sol ao sul. In Arquitetura do Café (YouTube). Disponível em https://youtu.be/e9xW81ssavk

Sol ao sul
Haver o que escrever
E escutar o que se vê
Em silêncio, mas saber
Degustar e sorver...

– (o sal) –

O azul mais puro que há,
E correr, socorrer-se do ar,
Recorrer, e correr e voar,
E voando chegar lá...

– (no céu) –

Como só se chega ao gozar
Em fluxos contínuos em que se encerra
Aquilo que só se sente com os pés na terra
Ou na água, porque nunca se viu...

– (no cio) –

O que se conseguiu ao se moldar com a mão
Toda a energia vital e sutil,
Pai e mãe de cores e sabores
Que brotam num campo fértil, úmido e frio...

– (ao sol) –

Mas, finalmente, regressar
Para onde deu-se a explosão
Criadora, reparadora e contumaz,
Na companhia suave de um povo culto e gentil...

– (ao sul) –

Sol ao sul. Capa do vídeo publicado no canal Arquitetura do Café (YouTube) em 27 ago./2020.