Poema concebido em Campinas [SP/BRA] jun./2007
Argollo Ferrão, A. M. de (2007). Conforto [web]. Disponível em <http://argollo.org/tri/tri3/tri3-92/>.
ISBN 978-85-908725-0-4 / Publicado em 2008
Argollo, A. (2008). Conforto. In A. M. de Argollo Ferrão (Ed.). Entre símbolos e a perfeição (pp. 97-98). Campinas [SP/BRA]: O Autor.
Conforto
Assim... prestes a receber Mais uma homenagem inesperada, Verifico que o conforto é essencial E que, no entanto, o consideramos Luxo, excesso, capricho supérfluo, Ou algo que possa ser usufruído como tal. É nada! Conforto é tudo! E veja que não me sinto inteiramente à vontade Para discorrer sobre as sobras Que nos aviltam o bom senso... Falamos de conforto – um mínimo, Uma condição necessária Ao ser em sua integridade. Conforto ao corpo: vivo, Conforto ao corpo inerte: morto, Conforto ao espírito: livre, leve e solto, Conforto ao espírito torto: cativo, absorto. Há que se estar em conforto para que se possa ser, Há que se estar sem ter que ter... E alcançar a perenidade, em conforto, Para que a realidade nunca se torne uma abstração Essencialmente desconfortável a quem busca na vida Paz e harmonia, obtidas com a transcendência via meditação.